Lei para proibir o transporte de cargas perigosas à noite na Serra Dona Francisca.

Na manhã de 29 de janeiro deste ano, um caminhão tombou na Serra Dona Francisca, derramando vinte galões de 50 litros de ácido sulfônico no Rio Seco, um afluente do Rio Cubatão. O acidente causou um desastre ambiental e prejudicou o abastecimento de água em Joinville. Se tivesse ocorrido à noite, a tragédia seria ainda maior, pois é mais difícil resolver problemas no escuro. Embora a proibição do transporte de cargas perigosas à noite na Serra não evite acidentes, diminui o impacto das consequências e permite uma ação mais eficiente para garantir rápido atendimento e solução da situação, minimizando seus riscos à segurança de todos. 


O QUE DIZ A LEI 8773/2019 – A falta de cuidado com o armazenamento e deslocamento de água até chegar em nossas casas pode ter consequências graves, causando prejuízos extremos à população de Joinville. Na ocorrência de algum acidente no período noturno, os órgãos responsáveis pelo controle de danos teriam uma enorme dificuldade para conter a contaminação que poderia comprometer nosso abastecimento, podendo deixar nossa cidade sem água. Portanto, esta Lei limita o horário do trânsito de caminhões (proibindo a circulação entre as 18:00 e 7:00 da manhã), carregados de cargas tóxicas, pela Serra Dona Francisca, permitindo a circulação apenas durante o dia. Com isso, as chances de acidentes caem drasticamente, permitindo também que os órgãos fiscalizadores possam realizar suas tarefas em melhores condições.

VAMOS RECORDAR:

O ácido sulfônico é uma substância perigosa para a saúde humana e tem potencial para causar mortes. Isso porque o ácido é corrosivo, com capacidade, inclusive, de corroer metais.
Bombeiros e policiais tiveram que usar máscaras de segurança e retirar pessoas que moram nas proximidades do acidente.
A prefeitura decretou situação de emergência e determinou a interrupção da captação de água da Estação de Tratamento de Cubatão que abastece 34 bairros da cidade, cerca de 75% do consumo.
Como não havia previsão para normalização no abastecimento, foi montado um esquema com caminhões-pipa preparados para os atendimentos emergenciais. Hospitais, UPAs e unidades básicas de saúde passaram a ter prioridade no atendimento.
A população de Joinville foi orientada a fazer racionamento de água. Isso criou pânico e uma corrida aos mercados para compra de água, praticamente zerando o estoque do produto no comércio. Mercados de Joinville registraram tumulto, longas filas e falta de garrafas de água.
A rodovia onde ocorreu o acidente, com o caminhão e a carga tóxica, ficou interditada por 24 horas. Já o abastecimento de água foi retomado na manhã do dia seguinte.

Esse acidente reforça a importância da LEI 8773/2019: se tivesse acontecido a noite a tragédia teria outras consequências e seria ainda maior.

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